O Paradigma Interdisciplinar no Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental e Cultural durante o processo de construção e diálogo dos saberes
Palabras clave:
Bem Viver, Ecologia de Saberes, Pós-colonialidade, vivências interdisciplinaresResumen
Este artigo se propõe a apresentar o Paradigma Interdisciplinar, no processo de construção do conhecimento e diálogo de saberes, experienciada no Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental e Cultural ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)/Campus Recife no percurso formativo da primeira turma. As experiências interdisciplinares, relatadas aqui sob a forma de vivências, caracterizaram questões referentes aos saberes tradicionais, pós-coloniais e novo paradigma, cujos alicerces se constituíram em práticas significativas de saberes. Fizeram parte deste repertório o debate do Bem Viver, ou Casa Comum, em que o projeto pós-colonial se consolida como uma tarefa de existência e resistência. As reflexões e considerações expostas neste trabalho apresentaram a articulação e o diálogo entre áreas do conhecimento, disciplinas, docentes e discentes, tanto em sala de aula quanto ao que se entende como "territórios" sob o olhar científico da Teoria da Complexidade e panorama interdisciplinar. Nesse contexto, foi adotado como fundamentação teórica os estudos de Morin (2006; 2007), Santos (2009), Fazenda (1998; 1999), Boff (1999), Kambeba (2018), Leff (2006), et al, apresentando os cinco momentos vivenciados no Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental e Cultural, sob a égide da perspectiva pós-colonia.
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